terça-feira, 1 de junho de 2010

DIGA NÃO AO BULLING!!!

Bullying,tô fora!

Os alunos vivenciaram na prática como o bullying ocorre dentro da escola
No mundo inteiro, o bullying tem gerado transtornos graves no meio estudantil, assim como tem sido uma das principais causas de baixo aproveitamento escolar.

“Tampinha! Suco de asfalto! Cabelo de bombril! Chokito! Gazelinha! Branquela! Bruxa! Colchão amarrado! Pamonha! Mentecapto!” Esses e outros apelidos fazem parte do contexto escolar. Podem, aparentemente, ser inofensivos, mas em alguns casos e a maneira como o apelidado os recebem, tornam-se estereótipos que afetam psicologicamente ou rotulam o indivíduo.
Mas não são somente os apelidos que são considerados bullying, palavra de origem inglesa que significa intimidação. Cleo Fante, pesquisadora do bullying escolar, em seu Livro O Fenômeno Bullying, afirma que a definição mais completa do termo corresponde a “um conjunto de atitudes agressivas, no meio escolar ou em outros contextos, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento”, explica.
Assim, segundo a pesquisadora, na escola o bullying implica, também, em outras maneiras de violência manifesta, como insultos, intimidações, apelidos cruéis e constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam e ridicularizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de causar danos físicos, psíquicos, morais e materiais.

Uma das histórias
“Licença, professor... Gostaria de dar meu depoimento sobre o bullyng. Eu sempre fui muito agredida verbalmente pelos colegas das escolas em que estudei, por causa do meu tamanho. Eles me chamavam de baixinha, nanica, pitchula, anã. Eu me sentia muito humilhada. Não tinha mais vontade de ir à aula, ficava isolada na hora do recreio. Era como se eu não fizesse parte de nenhum grupo”, explica.Esta aluna, que fez questão de contar sua história, será chamada de Patrícia. Ela tem 11 anos e faz parte do percentual de 15,5% das vítimas de violência recebida na escola. Conforme dados da pesquisa realizada com 5.168 estudantes de todo o Brasil pela OnG Plan Brasil, cerca de 28% dos alunos foram vítimas de bullying no ano passado.

Depoimentos de vítimas de bullyng (nomes fictícios)
“Eu chegava na escola e ele me xingava de ‘neguinha’, ‘chão de oficina’, ‘Pelé’. Não sei porque ele fazia isso, nunca briguei com ele”.
(Elza, 12 anos)

“Detestava quando chegava a hora de ir para a escola. Na hora do recreio ele pisava
no meu lanche e falava ‘você tem que emagrecer, seu bujão!’. Eu chorava muito, mas não contava para ninguém”.
(Victor, 11 anos)
“Meus pés ficavam sujos porque na minha rua não tinha asfalto. Na frente de todo mundo, elas ficavam rindo de mim. Mandavam bilhetes e ficavam me xingando de pé de toddy”.
(Marcela, 13 anos)

“Um dia quatro delas pregaram chicletes no meu cabelo. Tive que cortar bem curtinho,
elas riam e passaram a me chamar de careca”.
(Elizabeth, 10 anos)